A Liga Europa ainda é uma jovem competição, mas a antiga Taça UEFA tem uma longa história que remonta a 1971/72. Juventus, Liverpool e Inter, com três troféus conquistados, são os clubes mas premiados da competição.
Mas tudo começou muito antes com a Taça das Cidades com Feiras, uma competição criada em 18 de Abril de 1955 por iniciativa do suíço Ernst Thommen, do Italiano Ottorino Barrasi e do inglês Stanley Rous - que viria a ser o futuro presidente da FIFA -, com o intuito de promover as Feiras internacionais que decorriam por toda a Europa.
Há muito que jogos amigáveis e torneios eram realizados em diversas cidades da Europa ao mesmo tempo que se realizavam as feiras internacionais. Para dinamizar o intercâmbio entre as cidades onde se realizavam as Feiras criou-se esta competição, que no ínicio se destinada exclusivamente a clubes provenientes de cidades com feiras internacionais.
O sucesso da prova fez com que em 1971 a UEFA passasse a tomar as rédeas da organização da mesma, reestruturando a competição e alterando-lhe o nome.
A UEFA reconhece a Taça das Cidades com Feiras como a precursora da competição, mas não reconhece os resultados obtidos pelos clubes na competição por não ter sido a UEFA a organiza-la, e como tal os vencedores da competição até 1971 não têm os seus títulos incluídos na lista de vencedores da UEFA.
Desde 1972 , clubes de onze países já conquistaram o troféu, sendo a Itália - com nove troféus - o país mais titulado.
Portugal tem uma tradição na competição que remonta à primeira edição quando participaram o Setúbal, Porto e Académica.
Nesse ano em que a final foi inglesa e o
Tottenham bateu o Wolverhampton, os sadinos ao chegarem à 3ª eliminatória foram a melhor representação portuguesa.
Nos dois anos seguintes o Setúbal chegou aos quartos-de-final eliminando entre outros a Fiorentina e o
Inter na primeira época, e o Leeds United na segunda.
O
Benfica seria o primeiro clube português a ultrapassar os quartos-de-final. Foi na época de 1982/83 que após eliminarem a Roma nos quartos, afastaram os romenos do Universitatea Craiova nas meias e perderam a final para o Anderlecht (0-1 em Bruxelas e empate 1-1 na
Luz).
Depois de nos anos 70 o domínio ter sido repartido por ingleses e alemães com três títulos cada e holandeses com dois, os anos 80 marcaram um período em que nenhum país assumiu domínio. O destaque desses anos vai para
Real Madrid e para os suecos do IFK Göteborg com dois títulos cada.
Com a vitória do Nápoles de
Maradona sobre o Stuttgart em 1989 inicia-se o período de domínio italiano na competição. Em sete épocas a Taça UEFA vai seis vezes para Itália. A única taça que escapa à
tirania italiana neste período é a de 1992 em que o
Ajax de Bergkamp bate os italianos do Torino.
Durante estes sete anos assistiram-se ainda a três finais “italianas”:
Juventus x Fiorentina,
Inter x Roma e Parma x
Juventus.
Após sete anos de finais com italianos, para variar, o
Bayern de Klinsmann defrontou o Bordéus de
Zidane e companhia.
Mas nas três edições seguintes os italianos voltariam às finais: o
Inter perdeu com o
Schalke 04 na última edição da competição em que a final foi disputada a duas mãos, mas no ano seguinte em Paris vingou-se e bateu a Lazio por 3-0 em mais uma final
transalpina. Em 1999 foi a vez do Parma bater o Marselha em Moscovo na última final disputada antes da fusão da Taça das Taças com a Taça UEFA.
É já no novo quadro competitivo que os turcos do Galatasaray surpreendem a Europa batendo os ingleses do
Arsenal na final. Seguiu-se a mais famosa final da competição, quando o
Liverpool bateu o Alavés por 5-4 através do
golo de ouro.
Na lista de vencedores seguiu-se o
Feyenoord que a jogar na sua "banheira" de Roterdão venceu o Dortmund por 3-2.
2003 é o ano em que
Portugal inscreve o seu nome no livro dourado da competição. Em Sevilha,
Espanha, o
FC Porto vence o
Celtic após prolongamento, trazendo para o nosso país o troféu que faltava, dado que os três grandes já tinham conquistado tanto a Taça dos Campeões, como a Taça das Taças, a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental.
Depois da vitória dos azuis e brancos, iniciou-se mais um ciclo da competição em que as vitórias foram repartidas entre espanhóis e equipas da ex-União Soviética (Rússia e Ucrânia).
Em 2005 a UEFA introduziu uma fase de grupos na competição e nesse mesmo ano o
Sporting tornava-se o terceiro clube português a chegar à final, disputada precisamente no seu estádio.
Perante 52,000 espectadores os leões sofreram uma das mais duras derrotas da sua história: 1-3 contra o CSKA de Moscovo.
Para a época de 2009/2010 a UEFA voltou a mexer na competição, reorganizando o sistema de grupos, e uniformizando os horários, e alterando o nome da competição para Liga Europa. Em Hamburgo, o Atlético de
Madrid de Forlán, confirmou o recente ascendente dos espanhóis na competição e venceu os ingleses do Fulham por 2-1, enquanto no ano seguinte, na cidade de
Dublin, a primeira final 100% portuguesa da história das competições europeias dá uma vitória do
FC Porto sobre o
Sporting de Braga por 1-0, garantindo a segunda vitória na competição aos dragões.
O jogador com mais jogos é o italiano Giuseppe Bergomi que disputou uns impressionantes 96 jogos, sempre com a camisola do
Inter de Milão.